"Cinza é quem está
privado de emoções. É quem vive na penumbra psicológica."
Alvaro Hendrick Costa
Acompanhe essa entrevista ao som de
uma das músicas prediletas do autor:
Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Espero que sim, pois hoje o Book of Livros irá lhes apresentar mais
um autor espetacular. É claro que estamos falando do talentosíssimo Alvaro Hendrick Costa, autor do livro Historinhas.
O livro se encontra inteiramente
gratuito no Wattpad.
1. Quem é Alvaro Hendrick Costa?
Se eu disser que eu sei quem eu sou
vou estar sendo um pouquinho pretensioso, né? Todo dia eu descubro uma coisinha
nova sobre mim (seja boa ou não).
2. Quando percebeu que a escrita fazia parte da sua vida?
Eu sempre gostei de ler, desde muito
novo. Mas quando aumentei o ritmo de leitura no começo da minha adolescência
(uns 12, 13 anos...) acabei começando a escrever. Acho que é um processo
natural pra todo leitor, mesmo que não continue escrevendo. Todo mundo tem essa
fase. A minha ainda tá durando.
3. Qual o primeiro
livro que se lembra de ter lido?
Minha infância foi regada a gibis
(indo de Turma da Mônica até aqueles antigões da DC que a gente só acha em sebos
etc) e livrinhos de coleções com contos tipo João e o Pé de Feijão, Branca de
Neve, O Patinho Feio e tantos outros. Então eu não lembro exatamente qual foi o
primeiro. Um que me marcou muito foi "O Menino Maluquinho". Lia todos
os dias na biblioteca da escola.
4. Como era a
primeira história que você criou?
Foi uma história muito violenta,
apressada e (obviamente?) mal escrita sobre uma cidade que tinha embates de
sereias e lobisomens. Nessa época eu estava viciado na saga Crepúsculo, então o
clima e os personagens eram muito parecidos.
5. Quais são suas
inspirações?
Minha rotina, meus amigos, minhas
frustrações, livros que leio, notícias interessantes e as pessoas que estão ao
meu redor. Tive uma época que escrevia histórias e poemas sobre pessoas
aleatórias que eu via no ônibus indo pra universidade. Tudo pode ser um
gatilho, se você prestar bastante atenção.
6. Metas para o
futuro?
Retomar minha disciplina de escrita
(ando muito preguiçoso ultimamente) e continuar autopublicando minhas obras.
Pretendo estudar formas de deixar as minhas publicações acessíveis (em questão
de preço, etc). Só quero ser lido.
7. Como você enxerga o quadro atual da literatura no Brasil?
Intenso. Cresci em uma bolha que não
via o potencial desse mercado. Somente de uns cinco anos pra cá que comecei a
consumir obras nacionais. E a cada dia que passa eu me surpreendo mais com a
qualidade e a variedade de materiais publicados aqui, tanto em livros
tradicionais quanto autores que optaram pela autopublicação ou sites como
Wattpad. É possível achar de tudo.
8. Qual é o seu
livro nacional predileto?
Não consigo selecionar um livro
favorito, pra ser bem sincero. Então eu vou indicar autores, acho mais
completo. Eu sou absolutamente viciado em Rubem Fonseca e Patrício Jr. São os
primeiros nomes que aparecem na minha cabeça. Curto muito o pouco que li de
Clarice Lispector e do Caio Fernando Abreu. Também estou descobrindo as obras
de Raphael Montes e Affonso Solano. Tenho os meus amigos que escrevem como o
Pedro Augusto Silva e o Renan Xavier. Acho que não consigo lembrar de todo
mundo.
9. O que gosta de fazer nas horas vagas?
Alterno entre Netflix e ler minha
pilha cada vez maior de livros (o melhor é que, com o Kindle, eu nem vejo a
lista subindo vertiginosamente). Cerveja também é legal (risos).
10. O que você diria para uma pessoa que está começando agora?
Continue escrevendo. Tenha bons
leitores beta. Leia Chuck Palahniuk.
Confira agora um conto
escrito por Alvaro Hendrick Costa:
SILÊNCIO
Conto da antologia Historinhas #2
É bom saber que existe a possibilidade de ficar em silêncio por alguns
minutos, sem falar nada. É como dizem: se você se sente confortável para ficar
em silêncio com alguém, sem ter que preencher os vazios com assuntos inúteis,
talvez você queira manter essa pessoa perto de você por toda a sua vida. Não
precisa se preocupar em pensar. Tudo que preciso é existir. E me sentir grato
por existir. Os recheios de silêncio são azedos, matam aos poucos. É muito
fácil preencher o silêncio com música, grunhidos, onomatopéias. Difícil é preencher
o silêncio com respiração, batimentos cardíacos, olhares, toques, pensamentos,
contemplação. Encosta a cabeça no meu peito e respira. Não precisa falar nada.
Só exista. Exista, me abrace e respire fundo.
Para saber mais: https://alvarohendrick.wordpress.com/ (site
sobre minha escrita criativa) e https://portalgatilho.wordpress.com/ (blog
literário).
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Parabéns Álvaro, a cada dia vou tendo mais inspirações em escrita e fazer valer a pena cada virgula e ponto escrito.
ResponderExcluirJá eu a cada entrevista vou ficando fã de uma nova banda haha
ExcluirOi, Leonardo! As inspirações estão ao nosso redor, nós só precisamos ter mais atenção :) Boa sorte na escrita!
ExcluirInteressante.
ResponderExcluirGostei de conhecer o Alvaro, que aparenta ser um cara muito centrado em seus objetivos, bem inteligente. ''Leia Chuck Palahniuk'', vou já seguir a dica.
Forte abraço e sucesso!