quinta-feira, 30 de março de 2017

[ENTREVISTA 1] DÉBORAH FELIPE

AS



“Quando a vida te coloca numa encruzilhada e você já não pode mais confiar no que vê ou na sua razão, você fecha os olhos e deixa que o seu coração guie seus passos para a estrada que o destino te reservou”

Déborah Felipe

Acompanhe essa entrevista ao som preferido da autora:




Olá pessoal, tudo bem com vocês? Então, hoje iniciamos aqui no blog uma seleção de entrevistas com os parceiros do Book of Livros, e para cortar a fita vermelha trago-vos hoje a carismática escritora Déborah Felipe, autora de A Casa das Hostesses.


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Confira a sinopse do livro no site da editora Pendragon.

1. Quem é Déborah Felipe?

Eu gosto de pensar que eu sou alguém que gosta de se reinventar. Alguém que consegue enxergar além do que as coisas parecem e encontrar aquele ponto em que a arte transforma tudo. A Déborah, quando eu penso sobre ela e sobre por onde ela andou até chegar aqui, parece alguém que se encontrou se perdendo muitas vezes ao longo do caminho, porque prefere prestar atenção aos encantos a sua volta do que no “por onde eu estou indo”...

2. Quando percebeu que a escrita fazia parte da sua vida?

Essa é uma história engraçada porque eu só fui perceber que a escrita era uma parte importante da minha vida quando já fazia um tempo que eu escrevia. Eu comecei bem cedo, porque sempre gostei muito de escrever fanfics, escrevia no começo de Harry Potter, pra aguentar a expectativa dos próximos livros, mas não era muito de dividir o que eu escrevia com ninguém além da minha irmã. Nessa época, eu também gostava muito de escrever poesias, essas eu não tinha tanto problema e alguns amigos meus liam e gostavam, mas eu escrevia mais pra colocar os sentimentos pra fora, não porque eu me achava escritora. Foi quando eu comecei a escrever fanfics sem parar sobre essa banda japonesa que eu gosto que eu percebi que aquilo me fazia feliz, que eu gostaria de fazer isso pra sempre!

3. Qual o primeiro livro que se lembra de ter lido?

Eu tive muita sorte, sempre fui influenciada a ler muito, tanto em casa, quanto na escola. Minha escola tinha uma roda de leitura semanal quando eu ainda era muito criança e nos ensinaram que ler era uma diversão, era uma coisa que você dividia com seus amigos. Nessas rodas de leitura, eu conheci um escritor que me mudou pra sempre que foi o Pedro Bandeira, por quem eu tenho um carinho ENORME! Mas o primeiro livro que vem na minha cabeça que eu tenha lido foi “A Bruxa Salomé”, da Audrey Wood, que também foi um pedido da escola.

4. Como era a primeira história que você criou?

Puxa... É complicado de lembrar, como eu disse, eu comecei a escrever fanfics de Harry Potter, mas a primeira história minha mesmo que eu escrevi foi um livro chamado “As Canetas Mágicas – O Mistério do Xadrez” que eu ainda quero arrumar e publicar, porque gosto muito da ideia. Era bem na linha infanto-juvenil do Pedro Bandeira, com quatro adolescentes que encontram canetas com poderes e tem de enfrentar um feiticeiro que quer dominar o universo.

5. Quais são suas inspirações?

Eu tenho vários níveis de inspiração, uma das maiores com certeza é o Pedro Bandeira, eu sempre me espelhei no escritor que ele é e eu tive a imensa sorte de conhecê-lo justamente quando eu estava mais fraca e quase desistindo desse sonho! Quando eu preciso de inspiração para uma nova ideia ou quando eu travo na hora de escrever, eu costumo recorrer à música do the GazettE também e eles me fazem voar e funcionar de novo. E minha maior força e fonte de inspiração é minha família, o apoio da minha mãe, minha irmã sempre me ajudando a encontrar novos caminhos para escrever e as conversas com meu irmão.

6. Metas para o futuro?

A Casa das Hostesses é só o primeiro livro de uma série que eu tenho planejada, então eu quero muito conseguir publicar todos, também quero tirar os outros projetos da gaveta e contar todas as histórias que ainda estão fervilhando na minha cabeça!

7. Como você enxerga o quadro atual da literatura no Brasil?

Muitas editoras parecem com medo de tentar algo novo, então ficam só no “garantido”, só importando livros que já estão fazendo sucesso lá fora ou pegando celebridades que não são escritores, publicando qualquer coisa e não dando chances para os escritores fantásticos que estão sendo recusados e que podem fazer a diferença! O que me deixa orgulhosa demais de fazer parte da PenDragon é esse diferencial dela de dar a oportunidade que as outras não dão!

8. Qual é o seu livro nacional predileto?

Eu tenho um carinho enorme pela nossa Literatura e, como eu já disse, amo os livros do Pedro Bandeira e eu tive a sorte grande também de conhecer grandes autores na PenDragon com livros maravilhosos, pode soar clichê, mas eu acho que o livro que eu mais li e que mais me fascina até hoje foi Dom Casmurro! Eu amo a escrita machadiana e se eu pudesse me perdia pra sempre nas linhas daquele livro!

9. O que gosta de fazer nas horas vagas?

Gosto muito de ir ao cinema, mas ficar em casa e assistir Netflix é o que eu tenho feito com mais frequência.

10. O que você diria para uma pessoa que está começando agora?

Nunca deixem de sonhar e nunca deixe que ninguém lhe convença de que você não é capaz de realizar seus sonhos! Ao contrário do que se pensa, sonhar acordado precisar ser com os dois pés bem firmes no chão, sem acreditar que eles vão se realizar sozinhos, num passe de mágica. A mágica no nosso mundo não é a dos contos de fadas, ela nasce dentro de nós e só você pode confiar em você mesmo e se ajudar a chegar aonde deseja! Se você quer ser escritor, mantenha os pés bem firmes no chão, a cabeça aberta para novas ideias e a caneta sempre à mão! E a todos que desejam conhecer meu mundo “mágico”, sejam muito bem vindo à Casa das Hostesses!

Confira agora um poema escrito pela Déborah Felipe:

Cassandra

Uma luz me encontrou desprotegida,
Um forte clarão me assombrou
E uma voz aos meus ouvidos ressoou,
A última voz que eu queria ouvir na vida,
A voz que a minha existência condenou:

Tudo o que é sonho, a noite embevecida
Encontrará. Sua velha vida não ficou,
Mas ainda há um presente que lhe dou:
Uma dádiva por poucos merecida,
A verdadeira face que o futuro me mostrou!

O futuro é obra esquecida
Que por séculos o mundo edificou.
Mas aquilo que o futuro revelou
Mostrou a minha alma refletida
E o dom em desgraça transformou.

Como deixar minha mente enlouquecida
Afundar no poder que a Luz cegou
E saber segredos que ninguém me revelou
Pode ser melhor que estar perdida
Num mundo em que o futuro se ocultou?

Ali minha maldição foi esculpida,
Mas meus olhos, ele não cegou.
Em sua mágoa, ele professou
Que por poucos eu seria ouvida
E nunca mais em mim alguém acreditou...

Acompanhe a autora em suas redes sociais:



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AS / Administrador & Editor

Mora em Pernambuco e sonha em conhecer o mundo, mas por enquanto viaja apenas em livros e séries.

6 comentários:

  1. Deborah parabéns e muito sucesso na sua caminhada e parabéns pela música. Esse tipo musical também me inspira na escrita.

    Brendo parabéns pela iniciativa.

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    Respostas
    1. Oi! Muito obrigada! Muito sucesso na sua caminhada também!
      Déborah Felipe

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  2. Eu mesmo acabo de virar fã do The GazettE.

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    Respostas
    1. Que coisa boa de se saber! EU fiquei muito feliz com essa entrevista! Muito obrigada de coração!
      Déborah Felipe

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  3. Muito bom. Pàrabéns a Deboráh.
    Gostei de conhecê-la e de ler Cassandra, adorei.
    Muito talentosa.

    Desejo sucesso.

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