“Quando
a vida te coloca numa encruzilhada e você já não pode mais confiar no que vê ou
na sua razão, você fecha os olhos e deixa que o seu coração guie seus passos
para a estrada que o destino te reservou”
Déborah
Felipe
Acompanhe essa entrevista ao
som preferido da autora:
Olá pessoal, tudo bem com
vocês? Então, hoje iniciamos aqui no blog uma seleção de entrevistas com os
parceiros do Book of Livros, e para
cortar a fita vermelha trago-vos hoje a carismática escritora Déborah Felipe, autora de A Casa das Hostesses.
1. Quem
é Déborah Felipe?
Eu gosto de pensar que eu
sou alguém que gosta de se reinventar. Alguém que consegue enxergar além do que
as coisas parecem e encontrar aquele ponto em que a arte transforma tudo. A
Déborah, quando eu penso sobre ela e sobre por onde ela andou até chegar aqui,
parece alguém que se encontrou se perdendo muitas vezes ao longo do caminho,
porque prefere prestar atenção aos encantos a sua volta do que no “por onde eu
estou indo”...
2.
Quando percebeu que a escrita fazia parte da sua vida?
Essa é uma história
engraçada porque eu só fui perceber que a escrita era uma parte importante da
minha vida quando já fazia um tempo que eu escrevia. Eu comecei bem cedo,
porque sempre gostei muito de escrever fanfics, escrevia no começo de Harry
Potter, pra aguentar a expectativa dos próximos livros, mas não era muito de
dividir o que eu escrevia com ninguém além da minha irmã. Nessa época, eu
também gostava muito de escrever poesias, essas eu não tinha tanto problema e
alguns amigos meus liam e gostavam, mas eu escrevia mais pra colocar os
sentimentos pra fora, não porque eu me achava escritora. Foi quando eu comecei
a escrever fanfics sem parar sobre essa banda japonesa que eu gosto que eu
percebi que aquilo me fazia feliz, que eu gostaria de fazer isso pra sempre!
3.
Qual o primeiro livro que se lembra de ter lido?
Eu tive muita sorte, sempre
fui influenciada a ler muito, tanto em casa, quanto na escola. Minha escola
tinha uma roda de leitura semanal quando eu ainda era muito criança e nos
ensinaram que ler era uma diversão, era uma coisa que você dividia com seus
amigos. Nessas rodas de leitura, eu conheci um escritor que me mudou pra sempre
que foi o Pedro Bandeira, por quem eu tenho um carinho ENORME! Mas o primeiro
livro que vem na minha cabeça que eu tenha lido foi “A Bruxa Salomé”, da Audrey
Wood, que também foi um pedido da escola.
4.
Como era a primeira história que você criou?
Puxa... É complicado de
lembrar, como eu disse, eu comecei a escrever fanfics de Harry Potter, mas a
primeira história minha mesmo que eu escrevi foi um livro chamado “As Canetas
Mágicas – O Mistério do Xadrez” que eu ainda quero arrumar e publicar, porque
gosto muito da ideia. Era bem na linha infanto-juvenil do Pedro Bandeira, com
quatro adolescentes que encontram canetas com poderes e tem de enfrentar um
feiticeiro que quer dominar o universo.
5.
Quais são suas inspirações?
Eu tenho vários níveis de
inspiração, uma das maiores com certeza é o Pedro Bandeira, eu sempre me
espelhei no escritor que ele é e eu tive a imensa sorte de conhecê-lo
justamente quando eu estava mais fraca e quase desistindo desse sonho! Quando
eu preciso de inspiração para uma nova ideia ou quando eu travo na hora de
escrever, eu costumo recorrer à música do the GazettE também e eles me fazem
voar e funcionar de novo. E minha maior força e fonte de inspiração é minha
família, o apoio da minha mãe, minha irmã sempre me ajudando a encontrar novos
caminhos para escrever e as conversas com meu irmão.
6.
Metas para o futuro?
A Casa das Hostesses é só o
primeiro livro de uma série que eu tenho planejada, então eu quero muito
conseguir publicar todos, também quero tirar os outros projetos da gaveta e
contar todas as histórias que ainda estão fervilhando na minha cabeça!
7.
Como você enxerga o quadro atual da literatura no Brasil?
Muitas editoras parecem com
medo de tentar algo novo, então ficam só no “garantido”, só importando livros
que já estão fazendo sucesso lá fora ou pegando celebridades que não são
escritores, publicando qualquer coisa e não dando chances para os escritores
fantásticos que estão sendo recusados e que podem fazer a diferença! O que me
deixa orgulhosa demais de fazer parte da PenDragon é esse diferencial dela de
dar a oportunidade que as outras não dão!
8.
Qual é o seu livro nacional predileto?
Eu tenho um carinho enorme
pela nossa Literatura e, como eu já disse, amo os livros do Pedro Bandeira e eu
tive a sorte grande também de conhecer grandes autores na PenDragon com livros
maravilhosos, pode soar clichê, mas eu acho que o livro que eu mais li e que
mais me fascina até hoje foi Dom Casmurro! Eu amo a escrita machadiana e se eu
pudesse me perdia pra sempre nas linhas daquele livro!
9.
O que gosta de fazer nas horas vagas?
Gosto muito de ir ao cinema,
mas ficar em casa e assistir Netflix é o que eu tenho feito com mais
frequência.
10.
O que você diria para uma pessoa que está começando agora?
Nunca deixem de sonhar e
nunca deixe que ninguém lhe convença de que você não é capaz de realizar seus
sonhos! Ao contrário do que se pensa, sonhar acordado precisar ser com os dois
pés bem firmes no chão, sem acreditar que eles vão se realizar sozinhos, num
passe de mágica. A mágica no nosso mundo não é a dos contos de fadas, ela nasce
dentro de nós e só você pode confiar em você mesmo e se ajudar a chegar aonde
deseja! Se você quer ser escritor, mantenha os pés bem firmes no chão, a cabeça
aberta para novas ideias e a caneta sempre à mão! E a todos que desejam
conhecer meu mundo “mágico”, sejam muito bem vindo à Casa das Hostesses!
Confira
agora um poema escrito pela Déborah Felipe:
Cassandra
Uma luz me encontrou
desprotegida,
Um forte clarão me assombrou
E uma voz aos meus ouvidos
ressoou,
A última voz que eu queria
ouvir na vida,
A voz que a minha existência
condenou:
Tudo o que é sonho, a noite
embevecida
Encontrará. Sua velha vida
não ficou,
Mas ainda há um presente que
lhe dou:
Uma dádiva por poucos
merecida,
A verdadeira face que o
futuro me mostrou!
O futuro é obra esquecida
Que por séculos o mundo
edificou.
Mas aquilo que o futuro
revelou
Mostrou a minha alma
refletida
E o dom em desgraça
transformou.
Como deixar minha mente
enlouquecida
Afundar no poder que a Luz
cegou
E saber segredos que ninguém
me revelou
Pode ser melhor que estar
perdida
Num mundo em que o futuro se
ocultou?
Ali minha maldição foi
esculpida,
Mas meus olhos, ele não
cegou.
Em sua mágoa, ele professou
Que por poucos eu seria
ouvida
E nunca mais em mim alguém
acreditou...
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a autora em suas redes sociais:
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Deborah parabéns e muito sucesso na sua caminhada e parabéns pela música. Esse tipo musical também me inspira na escrita.
ResponderExcluirBrendo parabéns pela iniciativa.
Oi! Muito obrigada! Muito sucesso na sua caminhada também!
ExcluirDéborah Felipe
Eu mesmo acabo de virar fã do The GazettE.
ResponderExcluirQue coisa boa de se saber! EU fiquei muito feliz com essa entrevista! Muito obrigada de coração!
ExcluirDéborah Felipe
Muito bom. Pàrabéns a Deboráh.
ResponderExcluirGostei de conhecê-la e de ler Cassandra, adorei.
Muito talentosa.
Desejo sucesso.
Muito obrigada!
ExcluirDéborah Felipe