"Quando crianças podemos ser tudo, e eu
escolhi ser discípulo da vida."
Léo Otaciano
Olá pessoal, tudo bem com
vocês?
Então, seguindo nossa
seleção de entrevistas o Book of Livros
trás hoje um escritor sensacional. O nome dele é Léo Otaciano e ele é autor
do livro Loui – O Palhaço Medonho, entre outros sucessos.
Você pode conferir a sinopse do livro no site da editora Fonzie.
1. Quem é Léo Otaciano?
Sou um cara divertido, sorridente,
amante da vida, dos mistérios, e que busca, sem medo, novos conhecimentos,
quase a todo tempo. Simples, honesto, persistente e que curte por demais os
amigos. Ah, sou aquariano, e odeio mimimi.
2. Quando percebeu que a escrita
fazia parte da sua vida?
Desde cedo, quando entrei e me
arrisquei nas poesias da escola. Quando também, nos tempos vagos, me pegava
escrevendo, no quintal de casa, histórias infanto-juvenis.
3. Qual o primeiro livro que se
lembra de ter lido?
Os livros entraram na minha vida
através da escola, por isso, até hoje, sou grato e sei do valor que essa
instituição tem, mesmo que nos tempos atuais ela esteja cada vez mais sendo
esquecida. O primeiro que li foi O Fantasma de Tio William, de Rubens Francisco
Lucchetti, seguido de Beijo Azul no Céu da Boca, Jorge de Sá, e Um Conto de Fim
de Mundo, de Júlio Emílio Braz.
4. Como era a primeira história que
você criou?
Caro amigo Brendo, sinto saudades
dela e lembro que era uma história bem legal e cheia de aventura, pena que se
perdeu com o tempo. As folhas não resistiram. Havia intitulado de Nos Trilhos
da Amizade.
5. Quais são suas inspirações?
Referentes a autores, sem dúvida
alguma, José Mauro de Vasconcelos e todos os outros que li quando era jovem.
Sou apaixonado por clássicos.
6. Metas para o futuro?
Terminar os projetos literários ainda
em andamento, concluir os cursos que faço, tornar-me jornalista e ganhar na
Mega Sena. Uma pena que esse último não dependa só de mim pra se realizar.
7. Como você enxerga o quadro atual
da literatura no Brasil?
Cara, sendo bem sincero, em meu ponto
de vista esse quadro oscila bastante, mas minha opinião, num geral, ainda é a
mesma, somos carentes. Mas não de autores. Tenho visto muitos que se dedicam,
procuram se especializar, estudam bastante e têm atitudes interessantes no
cenário. Na verdade, somos carentes de leitores. Temos poucos. O que vejo é um
grande grupo de "críticos exagerados" que se definem como leitores, e
que não usam bom senso quando compram os nossos livros. Compram para, primeiro,
julgar, antes mesmo de ler e conhecer. É um preconceito local que, talvez,
tenha a ver com a atitude de algumas editoras, aquelas que assumem o papel de
verdadeiras "emissoras do modelo internacional de literatura". Temos
que dar valor ao que é nosso, e isso é um preceito que deve ser feito por
todos: editora, autor, leitor, sociedade.
8. Qual é o seu livro nacional
predileto?
Ainda amo os clássicos brasileiros,
como Machado de Assis, José de Alencar, Graciliano Ramos, Aluísio Azevedo,
entre outros, pois em sua maioria, além de uma escrita rebuscada e muito
atraente em meu ponto de vista, gostavam de trazer críticas socias como pano de
fundo em seus romances. Desde a adolescência sou apaixonado por Dom Casmurro de
Machado, e O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro Vasconcelos.
9. O que gosta de fazer nas horas
vagas?
Gosto de estudar e pesquisar; obter
mais conhecimento nunca é demais. Além disso, não abandono o velho hábito pelo
futebol (assistir jogos do flamengo e também jogar durante a semana, às noites,
é comum). Também pratico musculação (de vez em quando). Mas, claro, sempre
sobra tempo pra curtir o filho também.
10. O que você diria para uma pessoa
que está começando agora?
Abra os olhos e tape os ouvidos. Isso vai ser necessário e você nem sabe o quanto. Adquira o máximo de conhecimento que puder sobre determinados assuntos e em relação ao que for escrever. O aperfeiçoamento é fundamental e deve andar junto ao amor pela escrita. Tenha atitude e determinação. Pense, invente, escreva, apague, reescreva, inove e invista em seu sonho. Sempre. Esse não é um caminho sem espinhos, todos gostaríamos que fosse, então, a primeira frase dessa resposta deve ser a sua primeira tarefa.
Acompanhe agora um conto
escrito pelo autor:
Vazio
Histórias Loucas de um Mundo
Tresloucado, Rio, 2016
Como o interior de uma boca que
dorme. O silêncio perdura continuadamente. Não há nada a se ver, ouvir ou
dizer. Só há como sentir. O frio. O frio que persiste.
Só há como sentir. O suor escorrer sobre
o rosto escondido.
Como um recipiente fechado. Um
tabuleiro sem peças. Não há luz.
Não há luz no fim do túnel. Nem túnel
há.
O vazio insiste. Ele grita indefeso.
Como uma caça que corre. Mas não há cansaço. Há descanso. Uma interrupção das
vozes e da multidão. O verdadeiro inferno está dentro de mim.
Agradeço! Muito obrigado.
Abraços.
Conheça mais sobre o autor
Conheça o seu blog Marcas Literárias
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Léo é um cara incrível. Excelente entrevista. Gostei bastante, como sempre.
ResponderExcluirValeu Felipe, você é o cara!
ExcluirTe admiro.
Abraços.
Obrigado Felipe, em breve teremos a sua aqui no blog o/
ExcluirParabens Léo, gostei de conhecer um pouco da sua história e objetivos futuros, futuro jornalista. Não desista dos seus sonhos.
ResponderExcluirMuito bom Brendo, gostando de vê e conhecer o e escritores brasileiros
Obrigado, suas palavras são entusiasmadoras.
ExcluirAbraço.
Eu que agradeço por sempre acompanhar os post e comentar, forte abraço.
ResponderExcluirCaro amigo, que entrevista espetacular, sem exagero algum. Admiro o teu trabalho e incentivo aos amigos autores. Sabemos que é nem difícil esse cenário, por isso, pessoas como você fazem a diferença.
ResponderExcluirObrigado. Foi uma honra participar do seu projeto e estar aqui no Book of Livros.
Abração, amigo.
Já me perguntaram o que eu ganhava com isso acredita?
ExcluirDaí eu respondi que cada ação que fazemos muda um pouco o nosso mundo, sendo assim, o que eu puder fazer para a literatura nacional crescer eu farei.
Que entrevista bacana Brendo, ainda não conhecia seu blog, mas já conheço o Leo desde o fim de 2015, uma pessoa maravilhosa e um escritor muito talentoso.
ResponderExcluirAs perguntas certas sempre fazem a diferença, amei seu jeito direto de fazer as perguntas, sem mimimi, sem enrolação. O Leo como sempre muito carismático, acho que todos nós gostaríamos de ganhar na Mega Sena rs.
Parabéns aos dois, um forte abraço.
Kalita fico muito feliz que tenha gostado. Me esforcei bastante pra trazer algo diferente <3
ExcluirParabéns Brendo adorei está maravilhosa. Parabéns Léo, tenho orgulho de falar que sou sua amiga.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, o Book of Livros está de portas abertas, sempre.
ResponderExcluirEu recentemente adquiri o Loui, O Palhaço Medonho.
ResponderExcluirApesar de eu ter uma pequena ( Talvez enorme) fobia de palhaços eu achei bem interessante
Parabéns ao autor e espero ler mais livros seus.
PS: Como faço para comprar o Histórias Loucas de um Mundo Tresloucado?
Desde já, obrigado por vossa atenção.
(Meu e-mail para contato: corvinalcoorte1@gmail.com)